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Imposto é roubo! Será?

18 de Fevereiro

Todos os anos, nesta época, eu passo pelo mesmo problema, quase um bulling ou uma forma de agressão. As pessoas me tratam como se eu fosse a própria Receita Federal, um arrecadador de impostos para o governo. Então, para começar esse texto quero deixar claro: eu não trabalho para o governo, eu trabalho para você: meu cliente!

Em certos momentos pode parecer que nós contadores estamos aqui só para arrancar os impostos dos contribuintes, mas isso não é verdade, calcular impostos e preencher formulários para as diversas áreas dos governos municipal, estadual e federal é apenas uma das nossas obrigações. E nem de longe é a mais importante, apesar de ser a que mais aparece, pois um erro nessa função tem consequências que machucam o bolso do cliente. E isso aparece rápido.

A nossa principal função é ajudar os clientes a serem mais eficientes na área financeira.

Você irá perguntar: como assim? Porque o meu contador não faz isso!

Pois é, mas deveria.

Para começar ele precisa fazer uma espécie de anamnese, aquele exame que os médicos fazem para descobrir o que o paciente está sentindo. Precisa estudar a sua empresa e a sua pessoa física, se possível a sua família. Se você participa de um grupo de empresas ele precisa entender de como esse grupo funciona, de preferência estudar todas as empresas que participam do grupo. Se esse é o seu caso, se você participa de diversas empresas ou diversos negócios, pense em manter todas as empresas debaixo de um mesmo escritório de contabilidade ou pelo menos fazer com que esses escritórios se falem, tenham acesso uns aos outros. Eles precisam trocar informações.

É de fundamental importância que o seu contador entenda e tenha acesso à todas as áreas da sua vida. Esconder do seu contador fatos que influenciem a área financeira das suas empresas ou da sua pessoa, da sua família, pode ter aspectos desastrosos. Decisões tomadas sem o pleno conhecimento dos fatos podem conter erros importantes que tenham consequências financeiras, custos, multas, etc…

A única forma que você tem para ter certeza de estar tomando as decisões financeiras corretas é ter uma visão 360 graus da sua vida para que uma decisão apoie a outra e uma cadeia de decisões virtuosas e para isso é fundamental uma avaliação profunda e completa de cada sistema.

Eu chamo aqui de sistema o complexo mundo das suas finanças. Empresas, pessoas, famílias inteiras interconectadas, que poderiam se ajudar mutuamente a crescer e que se perdem no espaço e no tempo pura e simplesmente porque o decisor não tem uma visão completa do sistema financeiro em que ele está inserido.

Quando eu fui convidado em 2019 para montar um curso de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) o meu primeiro pensamento foi exatamente esse: como montar um curso que realmente ensine as pessoas o que é o IRPF.

Acredite, o IRPF não é um formulário que você preenche para a Receita Federal tirar de você o seu imposto anual. Esse formulário, inclusive, é chamado de Declaração de Ajuste Anual (DAA). Ou seja, é apenas um acerto de contas, onde muitos terão restituição de valores pagos à maior enquanto outros terão que complementar valores que faltaram pagar.


O que é o Imposto de Renda, então?

Para começar você precisa entender que o seu IRPF começou em primeiro de janeiro do ano base, do anterior ao preenchimento da declaração, que chamamos de ano de exercício.

E isso é simples de entender, veja alguns pontos:

  1. Seu salário é descontado todos os meses, certo? Salário, pró-labore (como chamamos os salários dos sócios das empresas), rendimentos de alugueis pagos por pessoas jurídicas, tudo isso é descontado mensalmente de você, certo?
  2. Se você é um autônomo tem que pagar o Carnê-Leão todos os meses, não é? E o mesmo vale para proprietários de imóveis alugados para pessoas físicas, para quem receber rendimentos do exterior, rendas extras não tributadas por pessoas jurídicas, acabam todas no Carne-Leão.
  3. E o ganho de capital em venda de bens, especialmente imóveis, também é tributado no mês seguinte ao do recebimento dos valores, não é?

Esses são os exemplos mais comuns, fatos cotidianos, que todos nós passamos e pagamos todos os meses.

Após os 12 meses do ano base se passarem o seu imposto está pronto. Calculado. Resolvido. Imutável. Porque no ato da declaração (no ano do exercício) você irá apenas reportar os fatos que ocorreram no ano base. Não há mais tempo para se tomar decisões que possam reduzir os valores a pagar. De nada adianta você falar para o seu contador: eu quero pagar pouco imposto. Porque agora já não depende mais dele!

Sim, bons contadores têm saídas inteligentes para problemas complexos, mas esse mesmo contador poderia ter te dado uma saída muito melhor e mais elegante se ele tivesse sido consultado antes que você tomasse as decisões no ano base!

O trabalho do contador não deveria começar quando você entrega para ele os documentos para ele preencher um formulário. Deveria começar no ano base! Você precisa consultar o seu contador ANTES de tomar as decisões. Precisa planejar o IRPF do ano seguinte no ano base! Há diversas formas de você pagar menos impostos se você utilizar os serviços de um contador consultor.

O contador que cobra R$100,00 para preencher um formulário de declaração de IRPF está deixando de fazer consultoria de Imposto de Renda, para se tornar um simples preenchedor de formulário.

Vejo colegas de profissão se gabando de preencher milhares de declarações anualmente. Eu hoje faço em torno de 150 declarações anuais. E muitas delas são de grupos familiares, ou seja, se tratarmos de famílias que dou consultoria tributária para o IRPF possivelmente estaremos falando de, no máximo, 40 famílias, se contarmos com 4 pessoas por família.

Eu não quero me tornar preenchedor de formulários! Sou um profissional, consultor, muitas vezes um mentor, que ajudo você a entender como pode pagar menos imposto, alavancar seu patrimônio, suas empresas, para se tornar uma pessoa próspera, feliz e que sabe que pode dormir tranquilo, pois a vida financeira das pessoas que você ama e das suas empresas está em boas mãos.

Acho que está na hora do brasileiro entender que você está inserido em um jogo, muito parecido com o Banco Imobiliário que você joga com os seus filhos, que jogou com os seus irmãos. Um jogo que te colocaram para jogar quando você nasceu, onde você precisa acumular patrimônio para ser alguém nesse mundo, só que esqueceram de te ensinar as regras do jogo. E quem joga um jogo sem saber as regras tem poucas chances de ganhar.

Essa é a minha tarefa, o meu propósito: eu quero te ensinar a jogar esse jogo.

Vem comigo, me siga, assista meus vídeos, faça meus cursos, vamos mudar essa realidade.

Um dia você irá me agradecer por ter aberto a sua mente para um mundo novo, que te ajuda a alavancar o seu patrimônio e a dar a sua família a tranquilidade que sempre sonhou.

Roberto Campos – Contador

Roberto Campos Serviços de Apoio ao Empresário Ltda

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